Intempéries climáticas levam safra de milho ao pior resultado da série histórica
Mato Grosso do Sul projeta colher 6,28 milhões de toneladas, 40,8% a menos do que no ciclo anterior
Publicado em: 08/07/2021 às 07h30Escassez de chuvas no início do plantio e queda de granizo e geada durante o desenvolvimento levaram a estimativa da produção do milho safrinha ao pior resultado da série histórica em Mato Grosso do Sul.
Dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga MS) apontam que a projeção para 2020/2021 foi revisada para 6,28 milhões de toneladas. A menor colheita registrada desde o ciclo 2013/2014, quando as lavouras começaram a ser monitoradas.
A queda é de 40,8% em relação ao ciclo anterior, quando a safrinha atingiu 10,61 milhões de toneladas. No comparativo com a safra 2018/2019 a redução chega a 93,63%, quando o Estado atingiu recorde com a colheita de 12,16 milhões de toneladas de milho.
O presidente da Associação de Produtores de Soja de MS (Aprosoja-MS), André Dobashi, explica que os técnicos estiveram nas lavouras para observar o impacto das fortes geadas registradas em maio.
“Tivemos danos em toda região Cone Sul do Estado com danos significativos nas áreas. Atualizamos a perspectiva de produtividade para próximo de 50 sacas por hectare, o que trouxe a projeção para 6 milhões de toneladas. Estamos prevendo uma redução de mais de 3 milhões de toneladas na produção da segunda safra em Mato Grosso do Sul”, analisa Dobashi.
No entanto, a área plantada para o milho 2ª safra continua estimada em 2,003 milhões de hectares, aumento de 5,7% quando comparada com a área da safra 2019/2020, que foi de 1,895 milhão de hectares. Já a produtividade foi reduzida e é estimada em 52,3 sacas por hectare, ante as 93,4 sacas por hectare colhidas na safra anterior.
No início do plantio da safra de milho 2020/2021 havia a expectativa de colher um volume de 9,013 milhões de toneladas de grãos, com produtividade média de 75 sacas por hectare.