PSDB discute liberação no 2º turno para votos em Bolsonaro
PSDB discute liberação no 2º turno já com um certo aceite de derrota por Geraldo Alckmin do PSDB
Publicado em: 30/09/2018 às 08h12Apesar do discurso oficial de que esperam um voto consciente dos eleitores na reta final, integrantes do PSDB já não contam com a participação de Geraldo Alckmin (PSDB) no segundo turno e discutem, mesmo que informalmente, a liberação de seus quadros para apoio na eleição presidencial.
Não direcionar o voto seria, na opinião de tucanos, uma maneira de minimizar a já inevitável fragmentação do partido, que caminha para sair desta eleição menor do que entrou.
Mesmo com o maior tempo de TV (5min 32s), Alckmin se mantém fora do segundo turno em todas as pesquisas de intenção de voto e passou a ser alvo de críticas públicas de apoiadores, que já não escondem o desencanto com o desempenho dele.
Se antes o enfraquecimento era sentido com a simples falta de empenho na candidatura do ex-governador de São Paulo, agora, alguns tucanos e seus aliados flertam abertamente com a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL). A simpatia por um apoio ao capitão reformado ocorre em estados como Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Sul.
Outros defendem que, em um segundo turno sem presença tucana, o partido pregue o voto nulo, bandeira condenada pela maioria dos correligionários de Alckmin ouvidos pela reportagem ao longo desta semana. Esses integrantes do PSDB defendem que o partido libere seus quadros.
Ao ver a foto compartilhada por um dos filhos de Bolsonaro em que aparece um homem ensanguentado e amarrado, com um saco plástico envolvendo sua cabeça, um integrante da cúpula da campanha de Geraldo Alckmin disse que não era possível declarar apoio no candidato do PSL e defendeu a liberação de filiados não só no PSDB, mas também nos outros partidos do arco de aliança do tucano.
Desafeto declarado de Alckmin desde o início das discussões sobre quem seria o candidato tucano ao Palácio do Planalto, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB-AM), desembarcou da campanha de sua sigla ainda no primeiro turno. Declarou apoio a Marina Silva (Rede).