Marcelo Miranda recebe aposentadoria de ex-Senador e ex-Governador
Marcelo Miranda recebe aposentadoria de ex-Senador e ex-Governador. Além da pensão, Marcelo tem aposentadoria de R$ 8,7 mil após ser senador por 4 anos
Publicado em: 12/04/2019 às 10h16Além da pensão vitalícia de R$ 35,4 mil como ex-governador de Mato Grosso do Sul, Marcelo Miranda Soares, 80 anos, conta com aposentadoria especial por ter sido senador por apenas quatro anos. Conforme o Portal da Transparência do Senado, ele recebe R$ 8.778,38 por mês.
O pagamento de benefícios a políticos volta a tona porque o Congresso Nacional discute a Reforma da Previdência, que vai tornar mais difícil a concessão de aposentadoria para os brasileiros para reduzir o déficit.
Pela proposta do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o trabalhador só terá direito ao pagamento integral se contribuir por 40 anos e ter a idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 para homens. Além disso, o benefício concedido a idosos pobres será reduzido de um salário mínimo (R$ 998) para R$ 400.
De Mato Grosso do Sul, o único ex-senador que recebe aposentadoria especial é Marcelo Miranda. O Senado paga aposentadoria de R$ 8.778,38, valor 50% acima do teto de R$ 5.839,45 pago pelo INSS (Instituto Nacional de Seguro Social).
Esse privilégio é concedido desde 1991, quando o ex-senador tinha 53 anos de idade. Ele só foi senador por quatro anos, entre 1983 e 1987. Em 1986, Marcelo Miranda Soares, então candidato pelo MDB, elegeu-se governador de Mato Grosso do Sul embalado na popularidade do Plano Cruzado, lançado por José Sarney (MDB).
Além da aposentadoria especial por ter sido senador, ele recebe pensão por ter sido governador por cinco anos e quatro meses. Por mês, Soares recebe R$ 35.462,27, conforme o Portal da Transparência do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
Marcelo foi o segundo governador de Mato Grosso do Sul, de 30 de junho de 1979 até 28 de outubro de 1980, quando foi nomeado para suceder o gaucho de Carazinho (RS), Harry Amorim Costa.
Ele voltou a governar o Estado entre março de 1987 e 1991. Este mandato foi marcado pelo atraso no pagamento de salários e a ocupação da Governadoria pelos servidores públicos estaduais se transformou em escândalo nacional, com destaque em jornais, emissoras de televisão e revistas.