Sexta-feira, 29 de março de 2024
Reação rápida do líder do governo suspendeu promoções oportunistas na AGU
Bolsonaro mandou suspender promoções assim que soube da proposta legislativa de Ricardo Barros para anular esperteza
Publicado em: 25/09/2020 às 07h20O presidente Jair Bolsonaro deu ordens para que a Advocacia Geral da União (AGU) suspendesse imediatamente a promoção em massa de 607 procuradores quando soube que o próprio Líder do Governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), inconformado, havia protocolado projeto de decreto legislativo anulando a iniciativa oportunista. Mais cedo, o deputado havia afirmado que “haveria reações” à promoção em massa.
Essa promoção de 92% do efetivo da AGU foi interpretada como uma tentativa de burlar a reforma administrativa do próprio governo. A suspeita é que a AGU tentava “proteger” a corporação da reforma administrativa, que só prevê promoções por mérito.
Promoções indiscriminadas, sem mérito, somente por tempo de serviço, como a que o corporativismo da AGU tentou emplacar, ignorando o merecimento, se a reforma for aprovada, serão coisa do passado. A tentativa malandra deve gerar a revisão de privilégios na AGU como R$7 mil acrescidos aos salários a título de “honorários de sucumbência”.
“Honorários de sucumbência” são uma espécie de “comissão” para servidores da AGU fazerem o trabalho pelo qual todos já são regiamente remunerados.
A Advocacia-Geral da União (AGU) decidiu suspender, a promoção em massa que levou 606 procuradores federais do órgão ao topo da carreira – com salários de R$ 27,3 mil. A decisão é do procurador-geral Federal, Leonardo Lima Fernandes.
Na última sexta-feira, 18, uma portaria da AGU promoveu 607 servidores, dos quais 606 passaram a integrar o topo da carreira da procuradoria federal – a informação foi revelada pelo site Poder360. A medida, segundo a advocacia-geral, seguiu os critérios de antiguidade e merecimento.
A decisão ocorreu algumas horas após o Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União pedir que se suspendesse as promoções.